5/26/2024

Eclesiastes: Lembre-se do seu Criador

 

O Pregador buscou sabedoria, ensinou tudo o que sabia e organizou meticulosamente este livro. Ele fez da sabedoria o objetivo de sua vida, e esta é sua conclusão depois de todas as suas lutas: tudo o que se espera da humanidade é temer a Deus e guardar seus mandamentos. Deus trará a julgamento todas as ações, inclusive todas as coisas secretas. Isto abre a possibilidade de que há mais coisas acontecendo na vida do que podemos ver – não devemos presumir que conhecemos todos os nossos desejos ou segredos. Não importa quão sábios nos tornemos, só Deus vê tudo.

Vamos ver o capitulo 12:8–14

UM PASTOR. A passagem mostra que Deus é o único verdadeiro pastor do seu povo, que lhes dá sabedoria. Esta realidade cumpre-se em Cristo Bom Pastor. Se o escritor está tomando emprestado a linguagem de Ezequiel (Ez 34.23-24; 37.24-25), a referência a “um só pastor” serve como uma antecipação da vinda do rei pastor davídico. O Novo Testamento identifica isso como Jesus (Mateus 25:31-46), que se autodenominava “um só pastor” (João 10:16), bem como o “bom pastor” que “deu a vida pelas ovelhas”. (vv. 14–15).

UM JUIZ.
Além de ser nosso Pastor, Jesus é também o futuro juiz e a nossa esperança futura. Se você ainda não percebeu que Deus é o Governante deste universo extremamente complexo — e que, portanto, você não o é — a porta para o reino dos céus e para uma vida significativa permanece fechada. Para você, este versículo serve como uma advertência final, com o peso da advertência recaindo sobre as palavras “todo” e “secreto”. Cada palavra, ação e pensamento serão julgados por Deus (11:9–12:7; Romanos 2:16). No entanto, se você veio a Cristo com fé e está disposto a viver na dependência de sua sabedoria, provisão e graça, este versículo serve como um lembrete do conforto que virá quando Jesus equilibrar a balança da justiça no último dia. . Naquele dia ele vindicará aqueles que já foram declarados justos por ele. Ele também condenará os ímpios, que, ao rejeitá-lo, terão todas as ações, inclusive todas as coisas secretas, levadas em conta (Mateus 25:31-46; 2 Coríntios 5:10).

DEUS COMO PASTOR.
A ideia de Deus (e Jesus) como pastor é comum nas Escrituras. Provavelmente a referência mais conhecida a isto é o Salmo 23. No entanto, a maioria das referências aos pastores está no Pentateuco e nos Profetas. No Pentateuco, é principalmente uma referência literal ao pastoreio (por exemplo, Gn 29.3; 26.19-22; 46.32; Êx 22.5). Nos Profetas, a referência assume conotações metafóricas como forma de se referir aos líderes do povo de Deus (por exemplo, Jeremias 23:1-5; 50:6). Os pastores são obrigados a exibir uma combinação única de força e calor enquanto atendem às necessidades de suas ovelhas, ao mesmo tempo que as protegem de predadores. Isto constitui um caminho esclarecedor para compreender os caminhos de Deus com seu povo. Deus é o pastor supremo, e Jesus explica como ele encarnou essa imagem (João 10:1–18). O autor de Hebreus utiliza esta imagem (Hb 13:20), assim como o apóstolo Pedro (1Pe 2:25; 5:4), ao explicar como Jesus cuida de nós.

MEDO DO SENHOR.
Em Eclesiastes vemos que tudo é vaidade. Isto deveria levar as pessoas a se refugiarem em Deus, cuja obra “dura para sempre” (3:14) e que é uma “rocha” para aqueles que nele se abrigam (por exemplo, Sal. 18:2; 62:8; 94: 22). Em outras palavras, convoca as pessoas a “temer” ou “reverenciar” a Deus. Em certo sentido, “temer” é um subproduto do reconhecimento de Cristo como Senhor. No início de Provérbios, somos informados de que o princípio da sabedoria é temer ao Senhor (Pv 1:1–7). Este temor do Senhor implica que Deus deve ser reverenciado e respeitado, e a melhor maneira de mostrarmos esse respeito pelo nosso Senhor é guardando os seus mandamentos (Dt 6:1-3). Ao longo das Escrituras, o povo de Deus deve temê-lo e respeitá-lo, mas isso não é antitético ao amor (Dt 6:4-6). Esta ênfase é retomada no Novo Testamento pelo apóstolo João (João 14:15; 1 João 2:3) e é encorajada pelo autor de Hebreus em sua explicação de Deus como juiz final (Hebreus 4:12). Nosso temor a Deus culmina em obediência e adoração, as marcas da vida no céu (Ap 5:9–14).

A SABEDORIA DE DEUS.
Eclesiastes 1:12–18 reflete a busca pela sabedoria em outras literaturas sapienciais (por exemplo, Salmos 90:12; Provérbios 4:5). Aquele que trabalha apenas para dar o fruto do seu trabalho aos outros (Eclesiastes 2:18-23) lembra a parábola do rico tolo em Lucas 12:16-20. Sobre os limites da sabedoria, veja também 1 Coríntios 1:18–31. Sobre a falência da autoindulgência, veja Gálatas 5:16–17 e 1 João 2:15–17. Tal como o Pregador de Eclesiastes, Jesus era um professor de sabedoria, superando até mesmo Salomão em sua sabedoria (Mateus 12:42). Jesus também viveu uma vida de sabedoria. Do berço à cruz ele percorreu o caminho da sabedoria. Negando a si mesmo as recompensas habituais da piedade - vida longa, boa reputação, casamento forte, filhos saudáveis, prosperidade material - ele se submeteu à vontade sábia mas inexplicável de seu Pai, suportando uma morte humilhante, para que em seus sofrimentos pudesse se tornar por nós a própria sabedoria e poder de Deus (1Co 1:24).

O RETORNO DE CRISTO E O JULGAMENTO FINAL.
Algum dia Cristo retornará em grande glória, e haverá um reconhecimento definitivo e abrangente de que ele é o Senhor de tudo. Ele então julgará os vivos e os mortos. Todas as pessoas e forças que se opõem a ele serão vencidas, incluindo a própria morte (Mateus 25:31; 1 Coríntios 15:24-28), “para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse
e Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (Filipenses 2:10–11).


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